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“Aliança não pode ser apenas por tempo de TV”, diz Osmar Dias
Ex-senador garante que não repetirá em 2018, erros cometidos nas eleições para o governo de 2006 e 2010
Por Bem Paraná | Postado em: 04/12/2017 - 08:14

Prestes a disputar o governo do Estado pela terceira vez, o ex-senador Osmar Dias (PDT) tem na ponta da língua as lições apreendidas com os erros cometidos, nas duas experiências anteriores mal-sucedidas, de 2006 e 2010: não aceitar indicações de candidato a vice que possam trazer problemas na campanha, e fechar alianças em cima de um programa de governo, e não de negociação de tempo na propaganda eleitoral de rádio e TV. Posto isso, Osmar garante estar pronto para a disputa e aposta na experiência como seu grande trunfo para enfrentar uma eleição marcada por profunda descrença na política. Também assegura ter argumentos para rebater as críticas por sua ligação com o PT em campanhas passadas, e pela citação na delação de um ex-diretor da Odebrecht, na operação Lava Jato. Na primeira da série de entrevistas do Bem Paraná com os pré-candidatos ao governo, o ex-senador aborda essas polêmicas e explica o que considera ser os maiores desafios para o futuro governador do Paraná.

Bem Paraná - O senhor foi candidato ao governo por duas vezes, em 2006 e 2010. Que lições teve nessas disputas que pretende aplicar em 2018?

Osmar Dias – Quando a gente ganha, a gente aprende. Quando a gente perde, aprende mais. Você leva exemplos negativos, mas como são. O sistema político impõe a necessidade de construir alianças. Mas a forma de construir alianças, no meu entendimento, foi um equívoco em 2006 e 2010, que eu cometi. Porque eu não posso aceitar que os partidos indiquem aquele que será o vice na chapa. Eles podem até indicar, mas eu tenho que aprovar ou não. Eu não posso aceitar goela abaixo a indicação de pessoas que vão trazer problemas na campanha eleitoral, como aconteceu em 2006, por exemplo, quando eu perdi para o Requião por dez mil votos e foi explorado intensamente a improbidade do vice (Derli Donin). Eu creio que agora, com essa lição aprendida, nós temos que deixar claro para os partidos que aliança não se faz para uma eleição. Se faz em cima de um projeto que terá que ser executado em benefício do Estado. Você não aceita um vice sem que você aprove, só porque o partido aliado indicou e você não aceita construir uma aliança sem ter um projeto que sedimente essa aliança. Não dá para aceitar uma aliança só para ter tempo de televisão, porque isso te dá um prejuízo imenso que vai gastar mais tempo do que você ganhou para explicar.

BP – Na sua opinião, qual o maior desafio a ser enfrentado pelo futuro governo?

Osmar – São muitos desafios. Eu começaria pela questão muito preocupante que é reconstruir as finanças do Estado. O equilíbrio das contas do Estado. Hoje nós temos a divulgação de um quadro do Estado que quando você se aprofunda e analisa, não é ele que está vigorando. As antecipações de receitas vão trazer problemas para o futuro. Junto com isso nós temos uma capacidade de investimento muito baixa, em torno de 3% a 4%. Isso inviabiliza muitos projetos. E para aumentar essa capacidade de investimento você tem que trabalhar em cima de questões fundamentais, uma delas é o que fazer para compensar essas antecipações de receitas. Nós não estamos de um valor pequeno, nós já estamos falando de uma antecipação de R$ 1,7 bilhão (em 2017), que significa R$3,4 bilhões (em dois anos). E há um projeto novo aí, um decreto para se antecipar mais receita. Ou seja, vai sobrar receita para 2019? Esse é um grande desafio. Para falar dos outros, você tem primeiro que dar uma solução para esse. E aí você vai enfrentar outros desafios como segurança pública. Se você hoje perguntar, não é só na Capital ou região metropolitana, no Estado inteiro. Quase 50% das pesquisas indicam que a população tem preocupação maior a falta de segurança. O medo de sair à noite. Há uma preocupação com isso da população que não está vendo uma luz no fim do túnel. Porque nós estamos com um problemas de superlotação de presídios, as delegacias intupidas de presos. E para solucionar isso nós só temos duas saídas: um mutirão para ver quais os presos que já cumpriram pena e poderiam estar soltos. Um mutirão da polícia, Justiça. Porque a gente não pode ignorar que tem muita gente que já cumpriu pena e está lá por falta de agilidade desses procedimentos. E quando você tem preso em delegacia, o policial, ao invés de estar na rua ele está cuidando de preso na delegacia. Esse é um drama que precisa ser resolvido. O outro é de construção de presídios. Mas nesse conceito que está aí, creio que está ultrapassado. Nós temos que buscar um novo conceito de presídio onde o preso tenha a possibilidade de trabalhar, estudar, de se recuperar. Se não nós vamos estar construindo fábricas do crime, como é hoje. Esse é um grande desafio. Aí tem todos os outros como a questão da infraestrutura do Estado. Quando a gente fala em crescimento da agricultura, da indústria, um desafio é atrair investidores, nós temos que pensar na infraestratura. Não dá para atrair gente sem melhorar a infraestrutura.

BP – O senhor faz parte de uma geração que lutou contra o regime militar e pela redemocratização. Como se sente vendo pessoas pedindo intervenção militar no Brasil em 2017?

Osmar – Eu penso que elas não viveram aquele tempo. Porque se tivessem vivido, não estariam cometendo esse enorme equívoco. A maior conquista foi a democratização. As pessoas terem liberdade para expressar o que pensam, mesmo que a gente não concorde com o que elas estão expressando, a liberdade não tem preço. É uma conquista que devemos celebrar todos os dias. Querer voltar há um passado obscuro que tivemos no tempo da ditadura militar, creio que é um retrocesso imenso que o País não deve permitir que isso aconteça. As pessoas de bem não podem pensar isso.

BP – O Paraná, como o Brasil vive um clima de extrema polarização e descrença na política. Como o senhor acha que isso vai se refletir na campanha e como superar isso?

Osmar – Aí que as vezes as pessoas confundem a minha sinceridade com mau humor. Não estou mau humorado, estou preocupado. Essa radicalização só é boa para quem não presta. Quando você diz que todos os políticos não prestam, você torna a vida de quem não presta mais fácil, e a vida de quem presta muito difícil. E isso pode inclusive afastar da política pessoas sérias, que acham que não vale a pena expor a família, uma história de vida, para ser agredida nas redes sociais, de uma forma covarde, diga-se de passagem, porque a rede social esconde os covardes hoje para eles agredirem sem dar o nome. No meu tempo, quando a gente falava alguma coisa de alguém a gente dava a cara para falar. Hoje as pessoas não precisam disso. A modernização, o avanço da tecnologia é extremamente importante para a sociedade, mas se torna também uma ameaça, um risco quando usada de uma forma covarde, criminosa, por pessoas que se utilizam desses meios para descontruir histórias. Essa radicalização faz com que a gente tenha uma preocupação. Uns defendem a intervenção militar. Outros vão votar protestando. Nem um nem outro vão construir um Brasil melhor. O Brasil será melhor se as pessoas forem votar escolhendo a história da pessoa, a capacidade que ela tem para ser um gestor público. Isso tudo o que está acontecendo acaba dando espaço para aventureiros. E quando eu falo aventureiro eu não estou dando nome para ninguém. O que eu chamo de aventureiro é alguém que surge como salvador da pátria. Nós tivemos um exemplo disso em 1989, quando o Collor foi eleito e deu no que deu. Aí nós perdemos décadas porque ficamos trocando de presidente como se troca de camisa.

 

POLARIZAÇÃO

“Radicalização abre espaço para aventureiros”

Bem Paraná - Fala-se muito que em razão da crise política e dos escândalos de corrupção, a eleição do ano que vem favoreceria candidatos “novos” em detrimentos de políticos já conhecidos. Como o senhor vê isso?

Osmar Dias – Precisa analisar bem os políticos conhecidos e a sua história. Eu, por exemplo, tenho respondido muito uma pergunta que vem em toda entrevista que é a questão do PT, que eu fiz aliança com o PT. Uma aliança política em uma eleição defendendo um projeto, como eu fiz, que eu acreditei, como a maioria da população acreditou, se não esse projeto não teria vencido a eleição. Então nós vamos condenar todas as pessoas que votaram nesse projeto? Eu não defendi a bandalheira. Não participei. Eu não aprovo a bandalheira. Então eu quero que a população julgue a minha história, não a dos outros. E se nós tivermos uma eleição onde somos nós contra os outros, o País perde. Eu creio que a gente tem que, nesse momento, ter muito cuidado porque estamos descendo a ladeira muito rapidamente o País. A credibilidade dos políticos está em uma ladeira. A economia. E se nós não invertemos essa rampa, corremos o risco de perder décadas lá na frente para depois recuperar isso. Eu tenho 65 anos. Fiquei sete anos fora da política. Poderia ficar. Te digo até que a minha vida nos sete anos anteriores a minha volta à política foi uma vida em paz, tranquila, trabalhando muito no Banco do Brasil, depois nos meus negócios particulares. Mas uma vida em paz. Quando eu regresso à política e encontro esse cenário eu acho que estou regressando não para disputar uma eleição, mas para dar a minha contribuição. Se a minha contribuição não for útil, a população tem outras escolhas. Pode escolher o novo, o mais velho, o menos velho. O que a população tem que pensar é no que é melhor para o seu futuro. Porque embarcar em uma aventura nesse momento é jogar o País e o Estado mais para baixo dessa ladeira.

PARTIDOS

“Minha vontade é ficar no PDT”

 Bem Paraná - O senhor está no PDT e tem convite de vários partidos para se filiar como o Podemos de seu irmão Alvaro Dias, pré-candidato à presidência, e do PSB – partido que integra a base do atual governador Beto Richa. Quando pretende decidir?

Osmar Dias– A análise que algumas pessoas fazem de determinadas pessoas muda de acordo com o CPF ou a cara da pessoa. A Marina Silva (Rede) diz que só vai decidir se é candidata em março. E ninguém está dizendo que ela está demorando para decidir. Eu tomei uma decisão de ser candidato há um ano atrás. E em relação ao partido, nós temos um calendário, seis meses antes da eleição. Eu não estou com pressa porque estou bem no PDT. Sou presidente do partido, tem uma estrutura que organizei no partido. Só não tenho estrutura financeira. Essa estou 'totalmente desprevenido' como se diz na roça. Agora eu não tenho muita facilidade de mudar de partido. Me ambientar com novas ideologias ou pensamentos. Estou bem onde estou.Se esses partidos que me convidaram para ingressar, se eles viram virtudes em mim para ingressar no partido deles, certamente eu poderei contar com o apoio deles à minha candidatura em qualquer partido que eu estiver. Estando no PDT, eu acredito que contarei com eles.

BP - O que levará em conta para decidir? O que pesará nessa decisão?

Osmar – Só tem uma coisa que me preocupa que é questão de não ficar na contramão da candidatura do Alvaro. Só isso. E aí as pessoas acham que é tudo muito fácil tomar uma decisão dessas. Não. Eu tenho uma história dentro do partido. São 16 anos. Eu vim para cá expulso do PSDB. O PSDB não me quis mais porque eu assinei a CPI da Corrupção. Eu não fui expulso por ser anti-ético. Fui expulso por defende a ética, a investigação que depois foi deflagrada e deu em tudo isso aí. Se nós tivéssemos feito a CPI em 2002, quem sabe a gente teria evitado tudo isso aí. Mas eu fui convidado a deixar o partido naquele momento, eu e o Alvaro, e nós deixamos. O Alvaro voltou e eu fiquei no PDT. Eu tenho uma história dentro do partido. Aliás eu digo sempre que quem nega a sua história não tem como exigir respeito de ninguém. Eu não nego a minha história em nenhum momento. Até essa questão do PT estão distribuindo vídeo por aí com a minha participação na campanha de 2010. Ótimo, que distribuam. Eu não vou negar a minha história. Eu creio que não é o partido que comete ilicitudes. São pessoas. E essas pessoas estão no PT, no PSDB, no PMDB, estão nos partidos. É o que estamos vendo.

BP – Hoje, haveria como dizer qual seria a sua tendência?

Osmar – Sim. Eu pretendo, pela minha vontade, permanecer no PDT.

Bem Paraná - O PDT tem um pré-candidato à presidência, Ciro Gomes. Isso pode dificultar sua permanência no partido, já que o senhor já declarou intenção de apoiar o Alvaro?

Osmar Dias – Tem muita coisa para acontecer até abril do ano que vem. Conversei com o Ciro e ele foi compreensível à minha posição.

BP – Quais as alianças possíveis?

Osmar – Eu tenho um pensamento um pouco diferente dos outros pré-candidatos. Eu vejo uma ânsia para buscar partidos para fazer aliança. Eu não. Eu estou bastante ansioso em ter o projeto pronto. Com o projeto pronto eu vou chamar os partidos para conversar. E a tendência é que partidos que aprovem esse projeto sejam bem-vindos na aliança. Eu não diria quais partidos são mais prováveis. Mas eu gostaria de ter o apoio do PSB, do DEM, que são partidos que me convidaram para ingressar. Assim como tem convite do PMDB também. Se esses partidos me convidaram, eu creio que são partidos com os quais eu poderei contar em uma eventual aliança. Embora respeitando a posição atual do Requião de ser candidato a governador. Aí anula a possibilidade de aliança. Se não, sim.

  

ODEBRECHT

“Não há nenhuma prova porque não há fato”

 Bem Paraná - O senhor foi Vice-Presidente de Agronegócios do Banco do Brasil entre abril de 2011 a julho de 2016, durante o governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, que acabou sofrendo o impeachment. Preocupa que essa ligação com o governo do PT seja explorada pelos adversários na campanha?

Osmar Dias – Eu tenho uma tranquilidade em relação a isso tão grande porque eu vejo tantas pessoas que foram beneficiadas por minha ida para o banco criticando. Quando eu fui para o banco não tinha um programa de financiamento de armazéns. Eu criei esse programa. Cooperativas financiaram muitos armazéns com uma condição muito favorável. Não tinha um financiamento chamado 'Inovagro', que é levar inovação para a agricultura, principalmente para granjas. Eu criei esse projeto que beneficiou muita gente. Quem criou o programa de 'Agricultura de Baixo Carbono' no Banco do Brasil foi eu. Não tinha um hectare financiado, hoje tem dez milhões de hectares. Isso não é pouco. Quando eu cheguei no banco a carteira de agricultura familiar era R$ 10 bilhões, eu deixei com R$ 40 bilhões. A carteira de agricultura em geral era R$ 70 bilhões, eu deixei com R$ 180 bilhões. Então será que foi boa ou ruim a minha ida para o banco para aquele setor que eu estava defendendo naquele momento. Esse pensamento é muito pequeno para analisar a minha ida para o Banco do Brasil. Eu pergunto para as pessoas: quem não apoiou a Dilma em 2014, apoiou o Aécio. Elas se sentem orgulhosas? Ou eu tenho que ficar recriminando as pessoas que apoiaram o Aécio? Elas sabiam que o Aécio ia fazer tudo aquilo. Eu não sabia que havia por trás de um projeto aquilo que aconteceu. Então não me preocupa. Aliás eu quero dizer uma coisa bem pessoal. Eu estou me colocando para dar a minha contribuição. Agora se a população acha que eu cometi um pecado que é imperdoável eu vou para casa sem nenhum problema. Tem outros aí para escolher. Quem sabe o Paraná não vai ganhar com outros, ou vai perder, eu não sei. O que eu posso dizer é que eu estou preparadíssimo para essa missão que é governar o Estado. Mas se a população achar que porque eu fiz uma aliança, ou porque eu sou mau humorado, ou porque eu tenho 65 anos. De repente assim é aquilo que eu disse. Na política, se você não tem defeito inventam, se você tem defeito aumentam. Estou acostumado com isso. É um problema que eu vou enfrentar com toda a tranquilidade.

BP - O senhor foi citado em uma delação de um ex-diretor da Odebrecht. Teme que isso também possa ser usado na campanha, já que dificilmente a investigação será concluída até lá?

Osmar – Eu tenho certeza que no meu caso vai porque não houve. Eu não conheço a pessoa. Eu nunca estive com essa pessoa. Essa empresa não fez nenhuma doação de nenhuma forma, nem da forma como ele colocou, nem da forma oficial na minha campanha.Depois da eleição fiquei no banco cinco anos. Nunca tive um contato com essa empresa no banco. Ela é cliente do banco. Nunca. Então não existe absolutamente nada em relação à fala desse sujeito. Fiquei sabendo disso em Telêmaco Borba visitando a Klabin. Me falaram que eu tinha sido citado. Não há nenhuma prova porque não há o fato. E eu fico impressionado com uma coisa: todas as planilhas do sistema Drousys estão relacionados todos os candidatos na eleição de 2010. Tem dois que não têm valor na frente: o meu e o do Requião. Os outros todos têm. Nem eles registraram doação. Ou seja, não houve doação para a minha campanha. Então esse assunto será esclarecido e ele vai me fortalecer. Porque no momento em que eu mostrar que eu continuo sendo o mesmo sujeito sério que começou a carreira lá atrás sendo presidente da Café (do Paraná), secretário de Agricultura, e que corria atrás de quem viesse oferecer vantagens, cheguei a fazer isso muitas vezes, então aí isso vai me fortalecer. E tem mais um detalhe: se quiserem acreditar em mim, acreditem. Se quiserem acreditar num sujeito que estava preso, acreditem. Eu quando isso aconteceu, eu sofri muito. Eu fiquei dentro da minha casa um mês pensando o que poderia ter acontecido. E fui investigar. Nenhuma pessoa que trabalhava na época no meu gabinete conhece essa pessoa. E eu e minha família e meus amigos sofremos muito porque a gente sabia que aquilo não tinha acontecido. Ficamos imaginando quem pode ter criado essa história? Agora a única coisa que eu estou pedindo é para a Justiça agilizar isso. Quem tem culpa no cartório pede para atrasar. Eu estou correndo atrás para agilizar. Porque eu sei que ao final da história isso vai ser devidamente arquivado, porque não existe absolutamente nada. E eu estarei livre desse pesadelo que eu estou vivendo hoje.

BP – Nos últimos dias voltaram as especulações de que seu irmão Alvaro Dias poderia desistir de disputar a presidência para se candidatar ao governo. Qual a chance disso acontecer?

Osmar – A chance é zero. O Alvaro é candidato a presidente. Essa especulação parte dos adversários do Alvaro e dos meus. Porque dizer que o Alvaro vai ser candidato a governador diminui ele na disputa da presidência. E dizer que eu vou ser candidato ao Senado me diminui na disputa do governo do Estado. Então isso só interessa aos adversários.

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