O município de Santa Helena autuou oito moradores por manterem em suas casas objetos que acumulam água e são criadouros do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue e outras doenças. A medida é prevista em Lei e foi colocada em prática após os Agentes de Combate a Endemias visitarem por duas vezes as residências, orientando e comunicando da possível autuação. Na manhã de hoje, o prefeito Zado recebeu a secretária de Saúde Marly Regina Maçaneiro e a responsável pela Vigilância em Saúde, Terezinha Madalena Botega para redefinir algumas estratégias e intensificar as vistorias nas residências.
As multas são uma forma, sobretudo, de valorizar e proteger as pessoas que mantém os seus quintais limpos e livres de focos do mosquito e vêm em um momento em que Santa Helena amarga a confirmação de 22 caso de Dengue e também o aumento do LIRA - Levantamento Rápido por Índice de Infestação que chegou ao patamar de 12,7%, quando o preconizado para não haver risco da doença é de 1%.
Para realizar este levantamento, os Agentes de Combate a Endemias - ACE, visitaram 465 residências e, portanto, 12,7%, delas continham a larva do mosquito.
Fatos que preocupam
Além destes números alarmantes, o estoque do inseticida utilizado no combate ao mosquito terminou e é de competência do Estado garantir o repasse do produto aos municípios, o qual não tem previsão para restabelecer o fornecimento.
Outro fator preocupante são as epidemias de Dengue registradas em cidades como Foz do Iguaçu, com 500 casos, Cascavel com 106, Terra Roxa, com 100 casos, entre outros e, todos os dias, cidadãos santa-helenenses se descolam até municípios da região por motivo de saúde ou estudos.
Conforme a secretária de Saúde, Marly Regina Maçaneiro, o município não pretende continuar emitindo multas, porém quando há reincidência no descuido com a propriedade, são necessárias medidas mais drásticas: "A equipe da secretaria de Saúde através das vigilâncias, continua com o intenso trabalho de combate ao mosquito e conta também com a parceria dos Agentes Ambientais que recolhem o lixo reciclável, mas mesmo assim precisamos avançar mais e evitar que tenhamos uma epidemia em Santa Helena," alerta a gestora
Nesta semana, além das ações já realizadas, a administração está organizando um mutirão de limpeza nos terrenos de propriedade do município. Os cuidados da população já são conhecidos e a melhor forma de garantir que o mosquito não se prolifere, é evitar objetos que acumulem água. Conforme o LIRA, os focos não estão no lixo reciclável e sim em vasos de plantas, bebedouros de cães e gatos e outros itens domésticos existentes na maioria das casas.
