A secretária municipal de Saúde, Marly Regina Maçaneiro recebeu ontem o relatório final da Comissão de Sindicância instituída pelo prefeito municipal Evandro Miguel Grade para averiguar suposta fraude relacionada ao pagamento de um exame e também ao período de duração das consultas efetuadas no Pronto Atendimento.
A denúncia foi protocolada no Ministério Público por um cidadão santa-helenense e partir daí, imediatamente, iniciou-se a verificação que contou inclusive com depoimentos de familiares, cópias de documentos e análises técnicas dos servidores efetivos que integram a comissão.
No texto, o denunciante afirma que o município teria encaminhado para exame um paciente já falecido. Após este fato, a comissão verificou que a pessoa fez o exame no dia 23 de junho e faleceu no dia 29 de junho, portanto o exame foi feito antes do óbito, contrariando a denúncia.
Outra questão é sobre as consultas que, segundo a denúncia, duravam apenas um minuto e estaria havendo enriquecimento ilícito de médicos plantonistas. Diante disso, foi apurado que nos casos de emergências e acúmulo de serviço no “24 horas”, os profissionais lançam as consultas simultaneamente no sistema para priorizar os pacientes e não o trabalho no computar. Acima disso, o relatório final esclarece que todos os médicos recebem o pagamento de acordo com os plantões efetuados e não por consulta, conforme afirma o denunciante.
Marly Regina Maçaneiro explica que não restam dúvidas sobre a questão e parabeniza os servidores da Comissão de Sindicância pelo eficiente trabalho desempenhado: “O relatório da comissão foi bem claro, aquela paciente citada na denúncia fez o exame no dia 23 e apenas o pagamento da guia ao Ciscopar aconteceu no mês de julho, já sobre o tempo das consultas, não importa se o médico atende 40 ou 80 pessoas no dia, ele recebe por plantão,” esclarece a secretária de Saúde.