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Operação investiga esquema de venda de celulares em presídio de segurança máxima na PB
No PB1, em João Pessoa, telefones eram vendidos aos detentos por valores que variavam de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Fuga de 92 presos ocorreu na penitenciária semana passada.
Por G1 | Postado em: 19/09/2018 - 21:52

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Uma operação que investiga uma organização criminosa responsável por um esquema de comercialização de celulares, na Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves Abrantes, o PB1, aconteceu na manhã desta quarta-feira (19), em João Pessoa. Conforme as investigações, agentes penitenciários são investigados por envolvimento na comercialização de celulares para os detentos, cujos preços variavam de R$ 15 mil a R$ 50 mil, dependendo do modelo dos aparelhos.

O presídio é o mesmo onde aconteceu a fuga de 92 presos no último dia 10. Na ação, que recebeu o nome de operação Black Friday, uma pessoa foi autuada e quatro foram presas em flagrante, entre elas, dois agentes penitenciários.

Todas as informações foram repassadas durante uma entrevista coletiva realizada, na tarde desta quarta-feira, pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estado da Paraíba (MPPB), pela Delegacia Especializada no Combate ao Crime Organizado (Decoor), pela Gerência de Inteligência e Segurança Orgânica da Secretária de Administração Penitenciária (Gisop).

De acordo com o MPPB, após a explosão no PB1, para resgatar apenados que cumpriam pena na unidade de segurança máxima, os órgãos de segurança e inteligência constituíram uma força-tarefa para identificar as vulnerabilidades da unidade prisional e tentar compreender melhor o que havia acontecido.

Através das investigações, foi possível descobrir que um preso do PB1 fazia a negociação com dois agentes penitenciários que cobravam R$ 15 mil, em média, por um aparelho celular. O valor era rateado entre os apenados e pago ao grupo criminoso. Dois pagamentos foram acompanhados com autorização judicial pelo Gaeco e pela Polícia Civil, um deles no valor de R$ 2 mil e outro, realizado nesta quinta-feira, no valor de R$ 4 mil, o que possibilitou as prisões em flagrante dos envolvidos.

Além das prisões, os órgãos que integram a operação também conseguiram recuperar alguns aparelhos celulares que foram comercializados na unidade prisional e providenciar o bloqueio de outros aparelhos.

A Secretaria de Administração Penitenciária informou que os dois agentes presos deverão ser responsabilizados nas esferas administrativa, criminal e civil.

O secretário de Segurança Pública e Defesa Social da Paraíba, Cláudio Lima, disse que esta ação é uma resposta das forças de segurança do Estado no combate à criminalidade. Segundo ele, esse foi um caso pontual, de modo que ele aproveitou a oportunidade da reforçar a lisura dos agentes penitenciários.

Os crimes sobre os quais pesam indícios sobre os investigados são: corrupção ativa e passiva, lavagem ou ocultação de ativos financeiros e participação em organização criminosa. A operação continua investigando se há mais pessoas envolvidas com esse esquema de comercialização de celulares na penitenciária.

 

Ligação com o resgate no PB1

 

Segundo o Gaeco, a operação está investigando, ainda, se os celulares que estariam sendo comercializados pelos agentes penitenciários foram utilizados no planejamento do resgate de 92 presos do PB1, após uma explosão na unidade prisional, ocorrida no último dia 10.

 

Transferência

 

De acordo com o MPPB, o detento Livaci Muniz da Silva, conhecido como ‘Galeguinho’, foi transferido para o presídio de Porto Velho, em Rondônia. Ele é um dos quatro presos que teriam motivado o resgate no PB1 e a transferência foi realizada como medida de segurança.

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