Passeio peruano
O Peru será adversário do Brasil na final da Copa América. Em atuação de gala na noite desta quarta-feira, na Arena do Grêmio, a seleção treinada por Ricardo Gareca colocou o rival histórico Chile na roda, fez 3 a 0 com facilidade, gols de Flores, Yotún e Guerrero, e ainda tirou onda com lindas jogadas dos atacantes e grandes defesas do goleiro Gallese. Foi, talvez, a melhor atuação coletiva de uma equipe nesta Copa América. Nem de longe pareceu a equipe goleada por 5 a 0 pela Seleção de Tite há menos de duas semanas – o Maracanã vai ferver!
Como fica?
Brasil e Peru se enfrentam no próximo domingo, às 17h (de Brasília), no Maracanã, na decisão da Copa América. Um dia antes, no sábado, o Chile tem encontro marcado com a Argentina na decisão do terceiro lugar, às 16h, na Arena Corinthians.
Cracaço faz história
Paolo Guerrero, capitão e grande condutor da seleção peruana, fez o terceiro gol do passeio sobre o Chile e se isolou como maior artilheiro em atividade da Copa América – 13 gols, contra 12 do chileno Vargas.
O goleiro do Peru fez defesaças no segundo tempo e consolidou seu crescimento durante a Copa América, desde a goleada sofrida diante do Brasil. Mas, e a defesa de pênalti do Vargas com uma mão? Sem dúvida, o lance que fecha a atuação inesquecível de Pedro Gallese.
Primeiro tempo
O Chile praticamente assistiu à seleção peruana jogar durante toda a primeira etapa. Os comandados de Ricardo Gareca levaram perigo logo no primeiro minuto, com um chute de Cueva após boa jogada de Guerrero. O centroavante do Peru, inclusive, foi o melhor em campo ao sair da área, abrir espaços e deixar os companheiros na cara do gol – Carrillo e Flores que o digam. O Chile não pôde se beneficiar de suas duas principais estrelas: Vidal foi muito bem marcado e acabou por jogar mais longe do gol, iniciando jogadas e sem levar perigo na chegada à área. Alexis Sánchez ficou apagado pelo lado esquerdo do campo e apareceu só numa triangulação que resultou em chute de Aránguiz. Muito melhor em campo, o Peru abriu 2 a 0 com naturalidade, nos gols de Flores e Yotún, este último numa falha coletiva da defesa e do goleiro Arias.
Segundo tempo
O Chile até melhorou e começou a pressionar o Peru em seu campo de defesa. Aí Gallese começou a aparecer – Sánchez, Isla, Aránguiz, Beausejour... Todos tentaram marcar e pararam na noite inspirada do camisa 1 peruano. No total, inclusive, foram 18 finalizações do Chile contra apenas oito do Peru, que passou a apostar em contra-ataques. No melhor deles, Carrillo puxou a marcação, lançou Cueva e viu Yotún perder um gol feito. No fim, não teve jeito: Guerrero recebeu lindo passe de Tapia e não tomou conhecimento do goleiro Arias para colocar ponto final no passeio peruano em Porto Alegre.
Deu tudo errado
A displicência de Vargas na cobrança do pênalti resume a atuação do Chile, que esteve longe de jogar como se estivesse numa decisão. Atual bicampeão, o time vai perder seu trono no domingo para Brasil ou Peru. Será o fim da linha para a turma de Vidal, Sánchez e companhia?