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Polícia concluiu inquérito da Operação Rota Oculta e indicia sete pessoas por fraude e organização criminosa
Por G1 | Postado em: 11/10/2018 - 07:52

A polícia concluiu na quarta-feira (10) o inquérito da Operação Rota Oculta, que apura um esquema criminoso envolvendo o transporte escolar em São Miguel do Iguaçu, no oeste do Paraná. Sete pessoas foram indiciadas por fraude a licitação e organização criminosa.
O inquérito tem mais de duas mil páginas. De acordo com a Divisão de Combate à Corrupção, da Polícia Civil, o material apreendido revela como funcionava o esquema para receber do município quilometragens que não eram percorridas pelos ônibus do transporte escolar.
O empresário Rui Omar Novicki Júnior é apontado como o líder do esquema. Segundo as investigações, Júnior era o verdadeiro dono de duas empresas e passava as ordens a Nelson Quintino, gerente de uma dessas empresas.

Em uma gravação telefônica autorizada pela Justiça, Nelson Quintino foi flagrado orientando um motorista a rodar com os ônibus em trechos sem alunos.

A polícia afirma que, nesse momento, eles já tinham conhecimento da investigação. Então tentou registrar no tacógrafo, o equipamento que marca quilometragem, os dados conforme estavam na licitação.

A delegada Rita de Cássia Camargo Lira, da Divisão de Combate à Corrupção, afirma que os indícios de irregularidades aparecem ainda na antes da licitação.

Nessa cotação de preço, feita pela prefeitura, um documento aparece com a marca de uma empresa – a Konigin – e o carimbo de outra, a SMI Transportes.

A polícia também encontrou irregularidades no registro dos motoristas. Em pelo menos cinco carteiras, a data da contratação não está correta.

Quintino, Júnior, e o irmão de Júnior – Luis Fernando Novick – continuam presos. A enteada de Júnior, Mayara Ramires, está em prisão domiciliar.

Segundo as investigações, o irmão e a enteada de Júnior são os donos de fachada das empresas.
A polícia também decidiu indiciar por fraude a licitação e organização criminosa duas funcionárias da Prefeitura de São Miguel do Iguaçu. Segundo a delegada, elas não agiram para evitar as supostas fraudes.

Outro indiciado é o vereador Silvio Marcos Uurbak. Segundo a polícia, há indícios do envolvimento dele no esquema. Uma testemunha afirma que Murbak se identificou como sócio da empresa Konigin na locação de uma sala comercial.

O inquérito já foi repassado ao Ministério Público, que vai decidir se oferece denúncia à Justiça

Outro lado
A defesa de Rui Omar Novicki Júnior, Nelson Quintino da Luz, Luis Fernando Novick e Mayara Ramires disse que ainda não teve acesso ao inquérito e que aguarda eventual denúncia do ministério público para se manifestar.

A defesa também afirma que a inocência dos investigados será comprovada.

A defesa do vereador Marquinhos Murbak disse que só vai se manifestar quando tiver ciência dos fatos imputados e do levantamento feito pela polícia.

No entanto, desde já afirma que o vereador nunca teve qualquer participação em nenhuma das contratações feitas pelo município de São Miguel do Iguaçu.

A Prefeitura de São Miguel do Iguaçu declarou que as funcionárias indiciadas não têm envolvimento na licitação e não cometeram os crimes apontados pela Polícia Civil.

A prefeitura declarou ainda que abriu uma sindicância no transporte escolar e que as medições têm demonstrado que a quilometragem está correta.

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