Policiais civis e militares apreenderam seis veículos com indícios adulteração durante buscas em imóveis da família da menina Eduarda Shigematsu, encontrada morta quatro dias depois de desaparecer em Rolândia, no norte do Paraná, na tarde desta segunda-feira (29).
A polícia esteve em uma chácara, na casa da família e realiza buscas em um ferro velho, localizado na BR-369, que é do pai de Eduarda.
Um exame do Instituto Médico-Legal (IML) apontou que a criança, que tinha 11 anos, morreu por esganadura. O laudo aponta que a menina teve vários ossos do pescoço quebrados.
Para o delegado, o resultado do laudo contraria o que disse o pai de Eduarda, Ricardo Seidi, em depoimento. Ele está preso por ocultação de cadáver, e ainda não tem advogado constituído.
Em depoimento à Polícia Civil, Seidi disse que encontrou a filha enforcada no quarto e, desesperado, decidiu ocultar o corpo dela em outro imóvel da família. O corpo foi encontrado por volta das 14h30 de domingo (28) enterrado, com os pés e mãos amarrados e com um plástico na cabeça.
"O exame indica que se trata de um homicídio qualificado, porque a menina foi vítima de esganadura e não de enforcamento. Temos que ouvir mais testemunhas, colher mais provas, enquanto isso, vamos pedir a prisão temporária dele", detalha o delegado Ricardo Jorge.
A Polícia Civil apura se os veículos apreendidos, três carros e três caminhonetes, foram roubados ou furtados. Os veículos foram levados para o pátio da Polícia Civil.
Desaparecimento
Eduarda desapareceu na quarta-feira (25). Conforme a Polícia Civil, uma câmera de segurança registrou a menina chegando em casa por volta das 12h, mas não mostra ela saindo. Por volta das 13h30, o pai saiu de casa em um carro preto e, às 13h37, chegou ao imóvel onde o corpo foi encontrado. Para a polícia, o corpo da menina estava no porta-malas desse veículo. Esse carro não ainda foi localizado pela polícia.
Enterro
O corpo da menina foi enterrado na manhã desta segunda-feira (29), no Cemitério Municipal de Rolândia.